A Revolução Sexual Americana – Cap. 6 e 7

A América na Encruzilhada/A Anarquia Sexual À Ordem Sexual Normal

O Autor demonstra nestes capítulos tamanha preocupação com a rapidez com que a confusão sexual se expande. Menciona, inclusive, que nenhuma campanha foi proposta para contê-la, nem mesmo algo que explique quais são suas consequências frente a uma liberdade sexual excessiva. A impressão que se tem é que a humanidade tolera facilmente toda essa mudança.

De fato, a humanidade tolerou e infelizmente ainda tolera todas essas mudanças repugnantes que somos obrigados a engolir. Pergunto-me como deixamos chegar a este ponto. Lembro que na minha adolescência era tão normal falar de sexo com qualquer pessoa e lembro também o quão “empoderada” a maioria das mulheres se sentiam e se sentem acerca da sua vida sexual.

Hoje vejo que estamos longe da operação de dessexualização mencionada pelo o Autor.

Além de tudo isso, após inúmeros conflitos mundiais, o Autor comenta sobre o abalo da democracia, onde a Constituição passou a não ser respeita e muitos passaram a ser perseguidos por um governo totalitário, ou seja, as liberdades foram tolhidas.

Com a democracia em crise fica mais fácil de entrar nas comunidades ideias “novas e revolucionárias” no tocante principalmente as famílias.

Lembrei-me da série que se passa no século XX chamada: Downton Abbey, que conta a história da família fictícia Crawley e seus empregados. A série aborda as mudanças sociais, culturais e políticas da época. Ela fala muito sobre as mudanças após a 1ª Guerra Mundial e a revolução sexual nesta época aflorou e a série mostra isso com as suas protagonistas. Fica a dica para você assistir.

Finalizo com trecho do livro que nos dá sensação de estarmos passando atualmente pela mesma situação:

“Numa atmosfera em que se dá atenção a mentirosos, traidores e transgressores dos mandamentos morais básicos; onde a inviolabilidade da Constituição é abalada; onde os alicerces da nossa democracia são abalados; onde ganha ascendência a pulverização dos imperativos morais e dos valores religiosos, um grave revês econômico ou outro pode dar motivo a uma cadeia de revoltas e desordens sérias”.

SOROKIN, 1954, p. 128

Isso tudo se dá devido ao pensamento confuso da população na época. Hoje o pensamento está ainda pior e com ideias cada vez mais mirabolantes.

A verdade saindo do poço

Achei válido compartilhar está pintura de 1896 e de autoria de Jean-Léon Gérôme, escultor e pintor francês.

Ela está ligada a seguinte parábola:

“A Verdade e a Mentira se encontram um dia. A Mentira diz à Verdade: Hoje é um dia maravilhoso!
A Verdade olha para os céus e suspira, pois o dia era realmente lindo.

Elas passaram muito tempo juntas, chegando finalmente ao lado de um poço. A Mentira diz à Verdade: ‘A água está muito boa, vamos tomar um banho juntas!’
A Verdade, mais uma vez desconfiada, testa a água e descobre que realmente está muito gostosa. Elas se despiram e começaram a tomar banho.

De repente, a Mentira sai da água, veste as roupas da Verdade e foge.
A Verdade, furiosa, sai do poço e corre para encontrar a Mentira e pegar suas roupas de volta.
O mundo, vendo a Verdade nua, desvia o olhar, com desprezo e raiva.
A pobre Verdade volta ao poço e desaparece para sempre, escondendo nele sua vergonha.

Desde então, a Mentira viaja ao redor do mundo, vestida como a Verdade, satisfazendo as necessidades da sociedade, porque, em todo caso, o Mundo não nutre nenhum desejo de encontrar a Verdade nua.”

Existe um outro final dessa parábola que diz:

“A verdade, por sua vez, recusou-se a vestir-se com as vestes da mentira. E por não ter do que se envergonhar, saiu nua a caminhar pelas ruas e vilas. E desde então, é por isso que, aos olhos de muita gente, é mais fácil aceitar a mentira vestida de verdade, do que a verdade nua e crua.”

Está parábola você encontra no site: https://culturadefato.com.br/a-verdade-saindo-do-poco

Joana D’Arc – A Donzela de Orléans

Li esse livro assim que recebi ele. Hoje olhando para ele na minha estante senti a necessidade de compartilhar, pois foi gratificante ler sobre a trajetória de Santa Joana.

O Padre José Bernard, nos apresenta os relatos da vida de Joana de acordo com os documentos da época e que citam testemunhos contemporâneos a ela.

Joana, quando pequena, mais precisamente aos 13 anos, ouvia vozes divinas do Arcanjo São Miguel, de Santa Catarina e de Santa Margarida. Pode-se dizer que ela recebeu uma missão e cumpriu ela com louvor até o fim.

Quando presa e interrogada, Joana dava respostas admiráveis que não deixavam brechas para acusação. O interessante é que ela não sabia nem ler e nem escrever.

Nos relatos ficou evidenciado que Joana foi condenada de forma ilegal na época, pois o objetivo era político do início ao fim, já que, Joana tinha muitos inimigos que a queriam morta.

A escrita é bem simples e de fácil compreensão. A quem se interessar pela história de Joana D’arc fica adica de leitura. Aliás, o livro está com promoção na Amazon. Clique aqui: Joana D’Arc – A Donzela de Orléans e adquire o seu.

A Revolução Sexual Americana – Cap. 3 e 4

Efeitos do Excesso Sexual Sobre o Indivíduo e as Pessoas de Seu Convívio/Efeitos Sociais e Culturais da Anarquia Sexual

O capítulo 3 nos traz os efeitos que o excesso sexual pode trazer em vários aspectos da vida.

Aqui nos é apresentado o aventureiro sexual, aquela pessoa que passa a viver uma falsidade, já que, ele precisa mentir para o seu parceiro.

Esse indivíduo vive em busca do prazer excessivo e os valores passam a não ter mais tanta relevância. Logo, a violação dos votos conjugais se torna iminente, assim como, é posto de lado os deveres para com os filhos e outros familiares.

Além disso, o libertino passa a ter forte influência sobre seus familiares, porque de certa forma ele acaba desordenando toda a vida da família.

Acontece que, uma relação desordenada pode trazer inúmeros transtornos para as pessoas envolvidas na relação. Esses transtornos podem perdurar por toda a vida e causar grandes estragos. Portanto, não se pode descartar que quem passou por tal trauma poderá viver para sempre com uma insegurança no tocante a vida conjugal e talvez a pessoa que esteja ao seu lado não consiga mostrar o caminho da felicidade a dois.

Sobre isso diz o autor:

“Um caso de amor ilícito ou promíscuo sempre envolve mais indivíduos do que os parceiros sexuais. Cada libertino tem alguma família – marido ou mulher, pai e mãe, filhos, irmãos e outros parentes. Eles não podem deixar de se preocupar profundamente com o comportamento desonroso do libertino. Não podem deixar de sentir profunda mágoa e vergonha pela infâmia que pesa sobre o nome da família. E são presas também de intensa ansiedade e medo pelo futuro do transgressor”.

(SOROKIN, 1954, p. 73)

Em suma, as situações mencionadas nesse capítulo abrem as portas para a instabilidade emocional das pessoas, elas passam a não encontrar mais a sua paz interior e acaba prevalecendo a desordem em um universo com falsos valores.

Efeitos Sociais e Culturais da Anarquia Sexual

O capítulo 4 fala sobre várias questões importantíssimas no tocante aos efeitos da anarquia sexual, contudo e até para não me tornar repetitiva só me coube pontuar citações que me chamaram muita atenção.

“Com a propagação da liberdade sexual através do mundo ocidental moderno, o índice de nascimentos começou a declinar, principalmente em consequência da limitação voluntária, mas também em parte devido à esterilidade involuntária”.

(SOROKIN, 1954, p. 79)

Isso perdura até os dias atuais, já que, muitos casais optam por não ter filhos ou dizem que resolveram “substituí-los” por animais domésticos o que não faz sentido nenhum.

“De vez em quando, a sociedade tenta encontrar sua salvação no rearmamento religioso e moral. Os pecadores deixam-se converter e conduzir ao Senhor após a oração de um evangelista eloquente, o evangelho de esperança de um messias embusteiro, a advertência severa de um profeta autonomeado, ou os conselhos melosos de um conselheiro espiritual da moda. Alguns libertinos começam até a assistir a serviços religiosos e muitos deles começam mesmo a ler avidamente vários livros sobre Como obter Saúde, Riqueza, Felicidade, Paz de Espírito e um Lugar no Reino de Deus pela Religião, coisa que será obtida com presteza e facilidade e com a condição usual da recompensa em dobro”.

(SOROKIN, 1954, p. 83)

Essa busca incessante pela mudança de forma rápida é totalmente ineficaz. Uma pessoa em sã consciência sabe que o caminho para uma transformação é árduo. Eles até conseguem te enganar um pouco com a falsa sensação de mudança, mas ela é passageira.

“A sociedade obcecada pelo sexo viola sem hesitação as leis divinas e humanas, destrói todos os valores. (…) Destrói a verdadeira liberdade do amor normal, e, em vez de enriquecer e enobrecer a paixão sexual, redu-la a simples cópula”.

(SOROKIN, 1954, p. 85)

Quero compartilhar um dos exemplos marcados pela ocorrência da anarquia sexual, escolhi esse exemplo por conta da grande maioria conhecer pelo menos um pouco da história:

“Durante a Revolução Francesa a onda de maré da anarquia sexual varreu toda a nação. O decreto do divórcio de 20 de setembro de 1792 eliminou praticamente todos os obstáculos do divórcio e baixou a idade de casamento mínimo de 13 anos para as mulheres e 15 anos para os homens. O índice de divórcios subiu tão vertiginosamente que em 1796-97 seu número excedeu o de casamentos. Ainda maior foi o número de abandonos. O número de crianças abandonadas subiu de 23.000, em 1970, para 63.000, em 1798. Houve um aumento semelhante no número de prostitutas, cujas “desordens e comportamento desavergonhado excediam em hediondez tudo o que se pode conceber”. Não só adultos, mas até crianças se comportavam de maneira escandalosa”.

(SOROKIN, 1954, p. 96)

“As escórias da sociedade lembram Sodoma e Gomorra. E lado a lado com esta licenciosidade comum, tornaram-se ocorrências diárias de ações sádicas. Em suma, a devassidão atingiu ao máximo”.

(SOROKIN, 1954, p. 96)

É inegável que a Revolução Francesa foi marcada pela decadência do matrimônio que perdura até os dias atuais.

Como se não bastasse, quem conhece a história de Sodoma e Gomorra consegue imaginar a orgia que rolou durante a Revolução Francesa, certo?!

Outro ponto importante e que podemos afirmar é que, a Revolução Francesa foi um período bem confuso na história da civilização ocidental. Além da marca pela desordem na sociedade ela contou com as inspirações iluministas anticristãs da época.

Portanto, esses trechos apenas corroboram as conquistas pela liberdade sexual obtidas naquele tempo.

Com isso, finalizo com o último parágrafo desse capítulo e te proponho a fazer uma reflexão com os dias atuais:

“A época em que se podia guardar segredo das iniquidades de nossos chefes já passou. Passou também a época da glorificação de governantes cujo verdadeiro comportamento contradizia sua imagem idealizada. O único meio de reconquistar a autoridade moral e a influência carismática é ser realmente bom”.

(SOROKIN, 1954, p. 100)

A Revolução Sexual Americana – Cap. 2

A Sexualização Da Cultura Americana

No segundo capítulo, Pitirim nos mostra como o sexo ocupou todas as formas existentes da cultura, sendo elas: a literatura, a pintura, a escultura, a música, o palco, o cinema, a televisão, o rádio, a imprensa e a publicidade.


No período medieval a literatura era quase que unicamente religiosa, já que, naquela época o lucro não era visado e nem a fama do seu autor. No século XIV, a religião passa a perder sua influência sobre variadas esferas da vida social. Deste modo, a literatura secular, aquele não baseada na religião, passou a representar em alguns países cerca de 45% a 70% de seus escritores e perdurou durante os anos.


Para Pitirim a literatura, nos últimos 50 anos, foi substituída por: “várias formas de aventuras sexuais anormais, perversas, vulgares, picarescas, exóticas e até mesmo formas monstruosas de trogloditas e estupradores urbanizados, os amores adúlteros e fornicadores, de masoquistas e sadistas, de prostitutas, amantes, boêmios e personalidades do mundo das diversões”.

(SOROKIN, 1954, p. 27-28)


O que de fato é verdade, pois atualmente os escritores sabem como instigar o desejo sexual do seu leitor, uma vez que, encontramos inúmeros livros que abordam sobre o tema sexualidade e outras coisas mais perversas.


A pintura e a escultura: “eram sérias e quase inteiramente destituídas de temas sexuais”. Ou seja, elas eram representadas por pessoas vestidas e não aparentavam um corpo sensual.


O autor apresenta um estudo realizado na época e citado no seu livro, vejamos:


“Em nosso estudo de uns 200.000 quadros e esculturas, não encontramos virtualmente representações eróticas do corpo, do século X ao Século XIII, mas então até ao presente a percentagem aumentou gradativamente: 0,4 para os séculos XIV e XV; 10,8 para o XVI; 21,3 para o XVII; 36,4 para o XVIII; 25,1 para o XIX, e 38,1 para o XX até 1920”.

(SOROKIN, 1954, p. 32)


A música também era, em grande parte, na época medieval voltada para a religião. Mas ela foi ficando de lado e deu espaço a música secular que:

“quanto mais nos aproximamos do presente, mais preeminente se torna o amor sexual e mais ele desce dos tipos celestiais e heroicos para os reinos da vida cotidiana e depois para as regiões dos excessos exóticos e eróticos”.

(SOROKIN, 1954, p. 34)


Pitirim já falava naquela época que se faziam: “Referências a beijos, abraços e ir para a cama são essenciais em suas letras”.

(SOROKIN, 1954, p. 35)

Atualmente isso nem é ofensivo perto da baixaria que a maioria gosta de ouvir.


A respeito do palco, do cinema, da televisão e do rádio, “um estudo de 1930 revelou que cerca de 45% dos temas do cinema eram dedicados ao sexo, e cerca de 28% ao crime, muitas vezes relacionado ao sexo”.

(SOROKIN, 1954, p. 36)


É sabido que esses números só aumentaram. Hoje em dia precisamos principalmente cuidar o conteúdo exposto em filmes direcionados as crianças e aos adolescentes. O desejo pela perversão é tão grande que estão querendo nos enfiar goela abaixo uma “normalidade” no que tange a liberação sexual para crianças e adolescentes.


Naquela época a imprensa popular já adora divulgar toda essa orgia barata e desqualificada. Aliás, isso também é válido para boa parte da publicidade que é recheada de erotização.


Finalizo esse capítulo com três citações para que você faça uma reflexão:


“Os nossos costumes mudaram tão notavelmente que a continência, a castidade e a fidelidade são olhadas cada vez mais com excentricidade, como sobrevivências petrificadas de uma era pré-histórica”.

“Artigos e livros (inclusive este) de crítica aos novos costumes são ridicularizados e estigmatizados como irremediavelmente antiquados, anticientíficos e idiotas”.

“Os mandamentos de Moises e de Cristo são obedecidos por um número cada vez menor, ao passo que a ética da liberdade sexual é avidamente aprendida e ainda mais avidamente praticada por crescentes milhões de homens e mulheres”.

(SOROKIN, 1954, p. 47-48)


A maioria das pessoas pensam exatamente da forma como o autor citou. A normalidade sobre a liberdade sexual é tão atual que as pessoas acham ridículo e retrogrado esse tipo de postagem. Eles não conseguem mais assimilar o que é ético e moral de fato e isso é tão assustador que logo chegaremos ao ponto da normalidade da liberdade sexual com crianças e adolescentes. E o mais assustador é que atualmente isso já vem sendo alimentado.

A Revolução Sexual Americana – Cap. 1

A Revolução No Comportamento Sexual

A Revolução Sexual Americana foi escrita pelo sociólogo Pitirim Sorokin. Publicado originalmente em 1954 e chegando ao Brasil somente em 1961. O interessante desse livro é que o autor relata a mudança do comportando dos americanos no tocante ao sexo.


Ele é tão fascinante que resolvi falar sobre ele de acordo com cada capítulo. Nessa publicação farei algumas considerações interessantes sobre essa mudança de comportamento abordados pelo autor no primeiro capítulo:


Na década de 50 as pessoas passaram a perder a capacidade de se adaptar umas com as outras. Em decorrência disso, o aumento do divórcio e a desintegração da família era eminente.


Com isso, também começou a decadência paternal e maternal, já que aqueles casais que optaram por continuar casados passaram a não terem filhos ou a terem poucos.

Observem esses dados apresentados pelo autor que corroboram com o parágrafo anterior:

“A percentagem de famílias com seis ou mais pessoas era de 51,8 em 1790, de 32,8 em 1900, de 20,1 em 1930 e apenas 15,7 em 1940. A percentagem de casais sem filhos atinge agora entre 15 e 20, e a de casais sem filhos ou com um só é de 40% de todas as famílias”.

(SOROKIN, 1954, p. 16)


Outro ponto importante é o aumento do abandono de um dos pais quando o divórcio acontecia:

“em consequência do crescente número de divórcios, separações e abandonos, cerca de 12.000.000, dos 45.000.000 de crianças nos Estados Unidos, não vivem com ambos os pais”. Ou seja, quase 30% das crianças não viviam com um dos pais.

(SOROKIN, 1954, p. 16)


Aí você se pergunta, o que levou a tudo isso?


E eu te respondo que é a Revolução Sexual entrando pela porta da frente da casa de algumas famílias e tocando valores importantíssimos que passaram a deixar de existir e foram ridicularizados por grande parte da sociedade. Hoje então nem se fala em valores porque a ignorância das pessoas não tem fim.
Gente, lembrando que a revolução sexual não surgiu nessa época ela é muito mais antiga. Aqui o autor aborda a mudança considerável do comportamento das pessoas naquela época onde o sexo se tornou o motivo para se fazer qualquer coisa.


O pior é que a imprensa, naquele tempo, se quer tocava nesse assunto, aliás, até os dias atuais eles não fazem questão de mencioná-lo. E se o fazem, é na sua grande maioria, para incentivar a desestruturação da família.


Em consequência do aumento do divórcio, deu-se início, é claro, a promiscuidade sexual, além do crescente vício sexual que a gente vê no pior nível possível nos dias atuais.


Finalizo então com o seguinte trecho do primeiro capítulo:


“O impulso sexual é declarado atualmente a mola-mestra do comportamento humano. Em nome da ciência é aconselhada a sua mais plena satisfação como condição necessária para a saúde e felicidade do homem. As inibições sexuais são consideradas a fonte principal de frustrações, doenças mentais, físicas e criminalidade. A castidade é ridicularizada como superstição e falsa pudícia. A lealdade nupcial é estigmatizada como antiquada hipocrisia. A maternidade é interpretada como mamãezada, que serve só para arruinar a vida dos filhos. Os filhos e as filhas são pintados como cheios de complexos de sedução de sua mãe e pai, respectivamente. A libertinagem e a façanha sexual são orgulhosamente romantizadas”.

(SOROKIN, 1954, p. 23)


Agora pensa um pouco e analisa se você já não leu uma matéria que abordou uma dessas situações na citação acima e faça uma boa reflexão sobre essas barbaridades.

Mary Shelley

Mary Shelley, autora de Frankenstein e filha da feminista Mary Wollstonecraft passou pelo mesmo fracasso amoroso que sua mãe. 
Mary Wollstonecraft, acreditava que a razão se sobrepõe as paixões, mas quando se apaixonou sucessivamente por Henry Fuseli e Gilbert Imlay, que assim como ela acreditavam no amor livre, foi abandonada por ambos. Quando abandonada grávida por Imlay ela tentou suicídio.


Após um tempo e recuperada das desilusões amorosas, Mary Wollstonecraft conheceu o famoso anarquista e simpatizante do amor livre, William Godwin com quem, olha só, casou-se e dessa união nasceu a também Mary Godwin.


A filha de Mary Wollstonecraft conheceu Percy Shelley, um homem rico, rebelde, revolucionário e adepto ao amor livre também. Na época ele era casado e abandou sua esposa grávida e sua filha para viver com Mary e a irmã “postiça” dela Clair Claimont.


Aliás, havia boatos de que o trio vivia um relacionamento incesto, pois Shelley se envolvia tanto com Mary como com Clair.


No filme, nota-se a frustração de Mary Shelley com a forma como Percy vivia. Para mim ficou claro a tristeza que ela sentia com a situação pela qual ela vivia com ele. Um romance fracassado marcado por muitas traições de Percy, além do abandono em momentos difíceis.  


Vejo que nós mulheres não sabemos viver um amor livre. Nós não queremos dividir o amor de um homem com ninguém. Queremos ser amadas por inteiro e por um único homem, o nosso.

A Superstição do Divórcio & outros ensaios sobre a família, a mulher e a sociedade

O livro da vez é: A Superstição do Divórcio & outros ensaios sobre a família, a mulher e a sociedade, do escritor Católico Chesterton.


Esse livro foi escrito no Século XX, ou seja, há pelo menos 100 anos atrás, quando estava ocorrendo a mudança na lei do casamento que visava facilitar o divórcio na Inglaterra.


O título do livro assusta um pouco, mas vamos deixar claro que Chesterton sai em defesa do matrimônio e não está falando mal do divórcio.


Chesterton quer nos passar a mensagem de que o divórcio está longe de ser um ato de liberdade, já que com ele ocorre a quebra de um voto de lealdade, de promessa e de compromisso.


“Enquanto o amor livre me parece uma heresia, o divórcio está mais para uma superstição”.


Ele ainda afirma que é justamente quando o matrimônio é difícil é que há a necessidade de honrá-lo. E de fato não tem lógica prometer: “Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza” esperando que seja apenas na saúde e na alegria. São nesses momentos de doença e tristeza que devemos honrar nossos votos.
Por essa razão, que para Chesterton, faz-se necessário compreender o conceito de matrimônio e do voto antes de fazê-lo.


“Divorciar-se é, literalmente, descasar-se. E não faz sentido desfazer algo que não sabemos se está feito”.
Chesterton sabia que em alguns casos o divórcio é a opção, mas mesmo sendo ele uma opção não é motivo para a alegria, pois: “Para nós, o divórcio é, na melhor das hipóteses, um fracasso”.


Recomendo a leitura aos solteiros para que possam descobrir se estão dispostos a honrar seus votos para vida toda e aos casados para entenderem em que circunstância está seu casamento.


Finalizo com a seguinte frase: “Sempre haverá quem continue convicto de que a ponte que nossos antepassados erigiram entre as duas torres do sexo é a mais valiosa das grandes obras deste mundo”.