A Revolução Sexual Americana – Cap. 2

A Sexualização Da Cultura Americana

No segundo capítulo, Pitirim nos mostra como o sexo ocupou todas as formas existentes da cultura, sendo elas: a literatura, a pintura, a escultura, a música, o palco, o cinema, a televisão, o rádio, a imprensa e a publicidade.


No período medieval a literatura era quase que unicamente religiosa, já que, naquela época o lucro não era visado e nem a fama do seu autor. No século XIV, a religião passa a perder sua influência sobre variadas esferas da vida social. Deste modo, a literatura secular, aquele não baseada na religião, passou a representar em alguns países cerca de 45% a 70% de seus escritores e perdurou durante os anos.


Para Pitirim a literatura, nos últimos 50 anos, foi substituída por: “várias formas de aventuras sexuais anormais, perversas, vulgares, picarescas, exóticas e até mesmo formas monstruosas de trogloditas e estupradores urbanizados, os amores adúlteros e fornicadores, de masoquistas e sadistas, de prostitutas, amantes, boêmios e personalidades do mundo das diversões”.

(SOROKIN, 1954, p. 27-28)


O que de fato é verdade, pois atualmente os escritores sabem como instigar o desejo sexual do seu leitor, uma vez que, encontramos inúmeros livros que abordam sobre o tema sexualidade e outras coisas mais perversas.


A pintura e a escultura: “eram sérias e quase inteiramente destituídas de temas sexuais”. Ou seja, elas eram representadas por pessoas vestidas e não aparentavam um corpo sensual.


O autor apresenta um estudo realizado na época e citado no seu livro, vejamos:


“Em nosso estudo de uns 200.000 quadros e esculturas, não encontramos virtualmente representações eróticas do corpo, do século X ao Século XIII, mas então até ao presente a percentagem aumentou gradativamente: 0,4 para os séculos XIV e XV; 10,8 para o XVI; 21,3 para o XVII; 36,4 para o XVIII; 25,1 para o XIX, e 38,1 para o XX até 1920”.

(SOROKIN, 1954, p. 32)


A música também era, em grande parte, na época medieval voltada para a religião. Mas ela foi ficando de lado e deu espaço a música secular que:

“quanto mais nos aproximamos do presente, mais preeminente se torna o amor sexual e mais ele desce dos tipos celestiais e heroicos para os reinos da vida cotidiana e depois para as regiões dos excessos exóticos e eróticos”.

(SOROKIN, 1954, p. 34)


Pitirim já falava naquela época que se faziam: “Referências a beijos, abraços e ir para a cama são essenciais em suas letras”.

(SOROKIN, 1954, p. 35)

Atualmente isso nem é ofensivo perto da baixaria que a maioria gosta de ouvir.


A respeito do palco, do cinema, da televisão e do rádio, “um estudo de 1930 revelou que cerca de 45% dos temas do cinema eram dedicados ao sexo, e cerca de 28% ao crime, muitas vezes relacionado ao sexo”.

(SOROKIN, 1954, p. 36)


É sabido que esses números só aumentaram. Hoje em dia precisamos principalmente cuidar o conteúdo exposto em filmes direcionados as crianças e aos adolescentes. O desejo pela perversão é tão grande que estão querendo nos enfiar goela abaixo uma “normalidade” no que tange a liberação sexual para crianças e adolescentes.


Naquela época a imprensa popular já adora divulgar toda essa orgia barata e desqualificada. Aliás, isso também é válido para boa parte da publicidade que é recheada de erotização.


Finalizo esse capítulo com três citações para que você faça uma reflexão:


“Os nossos costumes mudaram tão notavelmente que a continência, a castidade e a fidelidade são olhadas cada vez mais com excentricidade, como sobrevivências petrificadas de uma era pré-histórica”.

“Artigos e livros (inclusive este) de crítica aos novos costumes são ridicularizados e estigmatizados como irremediavelmente antiquados, anticientíficos e idiotas”.

“Os mandamentos de Moises e de Cristo são obedecidos por um número cada vez menor, ao passo que a ética da liberdade sexual é avidamente aprendida e ainda mais avidamente praticada por crescentes milhões de homens e mulheres”.

(SOROKIN, 1954, p. 47-48)


A maioria das pessoas pensam exatamente da forma como o autor citou. A normalidade sobre a liberdade sexual é tão atual que as pessoas acham ridículo e retrogrado esse tipo de postagem. Eles não conseguem mais assimilar o que é ético e moral de fato e isso é tão assustador que logo chegaremos ao ponto da normalidade da liberdade sexual com crianças e adolescentes. E o mais assustador é que atualmente isso já vem sendo alimentado.

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