Mary Shelley, autora de Frankenstein e filha da feminista Mary Wollstonecraft passou pelo mesmo fracasso amoroso que sua mãe.
Mary Wollstonecraft, acreditava que a razão se sobrepõe as paixões, mas quando se apaixonou sucessivamente por Henry Fuseli e Gilbert Imlay, que assim como ela acreditavam no amor livre, foi abandonada por ambos. Quando abandonada grávida por Imlay ela tentou suicídio.
Após um tempo e recuperada das desilusões amorosas, Mary Wollstonecraft conheceu o famoso anarquista e simpatizante do amor livre, William Godwin com quem, olha só, casou-se e dessa união nasceu a também Mary Godwin.
A filha de Mary Wollstonecraft conheceu Percy Shelley, um homem rico, rebelde, revolucionário e adepto ao amor livre também. Na época ele era casado e abandou sua esposa grávida e sua filha para viver com Mary e a irmã “postiça” dela Clair Claimont.
Aliás, havia boatos de que o trio vivia um relacionamento incesto, pois Shelley se envolvia tanto com Mary como com Clair.
No filme, nota-se a frustração de Mary Shelley com a forma como Percy vivia. Para mim ficou claro a tristeza que ela sentia com a situação pela qual ela vivia com ele. Um romance fracassado marcado por muitas traições de Percy, além do abandono em momentos difíceis.
Vejo que nós mulheres não sabemos viver um amor livre. Nós não queremos dividir o amor de um homem com ninguém. Queremos ser amadas por inteiro e por um único homem, o nosso.