O livro da vez é: A Superstição do Divórcio & outros ensaios sobre a família, a mulher e a sociedade, do escritor Católico Chesterton.
Esse livro foi escrito no Século XX, ou seja, há pelo menos 100 anos atrás, quando estava ocorrendo a mudança na lei do casamento que visava facilitar o divórcio na Inglaterra.
O título do livro assusta um pouco, mas vamos deixar claro que Chesterton sai em defesa do matrimônio e não está falando mal do divórcio.
Chesterton quer nos passar a mensagem de que o divórcio está longe de ser um ato de liberdade, já que com ele ocorre a quebra de um voto de lealdade, de promessa e de compromisso.
“Enquanto o amor livre me parece uma heresia, o divórcio está mais para uma superstição”.
Ele ainda afirma que é justamente quando o matrimônio é difícil é que há a necessidade de honrá-lo. E de fato não tem lógica prometer: “Na saúde e na doença, na alegria e na tristeza” esperando que seja apenas na saúde e na alegria. São nesses momentos de doença e tristeza que devemos honrar nossos votos.
Por essa razão, que para Chesterton, faz-se necessário compreender o conceito de matrimônio e do voto antes de fazê-lo.
“Divorciar-se é, literalmente, descasar-se. E não faz sentido desfazer algo que não sabemos se está feito”.
Chesterton sabia que em alguns casos o divórcio é a opção, mas mesmo sendo ele uma opção não é motivo para a alegria, pois: “Para nós, o divórcio é, na melhor das hipóteses, um fracasso”.
Recomendo a leitura aos solteiros para que possam descobrir se estão dispostos a honrar seus votos para vida toda e aos casados para entenderem em que circunstância está seu casamento.
Finalizo com a seguinte frase: “Sempre haverá quem continue convicto de que a ponte que nossos antepassados erigiram entre as duas torres do sexo é a mais valiosa das grandes obras deste mundo”.